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Em Assunção, Paraguai, encerrou a reunião preparatória para o II Encontro de Povos Guarani da América do Sul, a ser realizada em 2011, na capital paraguaia, com a participação de comunidades, movimentos e associações indígenas. O evento, que está ainda na sua fase preparatória, será na comunidade Yaguaty, no Departamento de Amambay, 531 quilômetros a nordeste de Assunção, considerado território ancestral da sub-etnia Guarani “Paytavyterã”.
A reunião, que começou ontem (9/11/10), foi promovida pela Secretaria Nacional de Cultura e responde a uma resolução aprovada na última reunião de Ministros da Cultura do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Nesta ocasião foi acordado que o II Encontro de Povos Guarani na América do Sul será feito para comemorar o vigésimo aniversário da assinatura do Tratado de Assunção, em 26 de Março de 1991, que deu origem ao Mercosul.
O evento de 2011 serão chamados de índios do Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai, de acordo com documentos divulgados pela Secretaria Nacional de Cultura do Paraguai. Participaram da reunião de quarta-feira a Federação de Associações Guarani, a Organização Nacional de Aborígenes Independentes, a Federação das Comunidades Aché e o Conselho Étnicas. Além do Movimento Índio Urbano, Tupa Yvoty/Oparaivas Ava-Guaraní, de Canindeyú e San Pedro, a Associação das Comunidades Indígenas de San Pedro e a Organização do Povo Nhandeva, entre outros.
O primeiro encontro sulamericano Guarani foi realizada em fevereiro passado na aldeia Añetete, Paraná, Brasil, e foi assistido por mais de mil índios guaranis do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina.
Durante os quatro dias do evento se compartilharam experiências, tradições e conhecimentos, a fim de fortalecer e reafirmar a contribuição desses povos na formação da cultura sul-americana, além de propor políticas culturais. Os participantes apresentaram aos ministros da Cultura um documento que reivindicou a criação e manutenção de uma Secretaria Especial de Representação do Povo Guarani ligados ao Mercosul Cultural.
Propôs ainda a criação de um fórum permanente para defender os direitos dos Guarani, também inserida no âmbito do Mercosul, e promover o intercâmbio cultural entre as comunidades Guarani da América do Sul. Eles também concordaram em realizar seminários e reuniões regulares, e exigiu o respeito pela liberdade de movimento cultural, de acordo com as tradições dos povos indígenas nas fronteiras entre Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia, entre outras coisas.
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