Pinhão em estudo
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Pesquisas vão contribuir para melhorias e crescimento da comercialização
O Instituto Equipe e a rede Puxirão de povos e comunidades tradicionais promovem um projeto de pesquisa que prevê ações de valor da cadeia do pinhão. O trabalho, realizado em parceria com outras entidades, como a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto Federal do Paraná (IFPR) de Irati tem previsão de apresentar resultados ao fim do ano.
O pinhão, semente típica do Paraná, está recebendo maior atenção neste ano. O projeto Cultura e Tradição: estratégias da promoção da cadeia de valor do pinhão no Paraná, está sendo implantado em 60 municípios para levantar informações diversas sobre como o pinhão é vendido e extraído da araucária, se possui nota fiscal, por exemplo.
De acordo com a coordenadora do projeto, Taisa Lewitzki, a ideia é observar o que a semente tem de bom. “Queremos analisar seu potencial e levantar o que tem de negativo também para melhorar e, a partir disso, promover ações”, declara.
PRIMEIRO PASSO: PESQUISA
O que a equipe está promovendo no momento, até o dia 15 de maio, é o mapeamento dos municípios selecionados que compreendem as regiões de Guarapuava, Irati, região metropolitana de Curitiba e de Piraí do Sul que têm a presença do pinhão. “Depois dessa base, teremos oficinas para apresentar a elaboração do mapa da cadeia de valor do pinhão. Isso compreende em desde quando ele é extraído até chegar ao consumidor”, explica Taisa.
Além disso, também será trabalhado nas oficinas a parte de assistências, ou seja, que fornece algum tipo de serviço, como a Emater e também as políticas maiores, como a legislação.
Para o segundo semestre, depois das pesquisas, haverá o estudo e análise das informações colhidas sobre a semente. Também está previsto um seminário estadual em outubro para a continuidade do plano com o intuito de implementar ações diretas.
“Também já existe um diálogo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para que o governo garanta um preço mínimo para o pinhão com a finalidade de gerar uma segurança para quem vive disso”. A coordenadora do projeto salienta que hoje o mercado do pinhão é incerto e está se tornando uma atividade insustentável se não forem tomadas atitudes inteligentes.
Um dos conflitos abordados por Taisa é a legislação. “Aí temos comércio irregular da semente. Tem pessoas que vendem o pinhão com preços absurdamente baixos. E assim, se faz mais um gargalo da cadeia”. Outro lado do projeto também discute a questão ambiental, além da comercialização. “Sabemos que muitos retiram o pinhão verde para vender e isso acaba prejudicando a árvore também. Então, alguns cuidados devem ser tomados”. Tudo isso possui a intenção de dar visibilidade ao pinhão pensando em estratégias para melhorar a sua utilização.
POR QUE O PINHÃO MERECE PESQUISAS?
Taisa aponta que a semente possui muito mais valores do que se possa imaginar. “Sabemos que ele faz parte de nossa alimentação. É uma cultura nutricional para qualquer pessoa independente da sua posição financeira, por exemplo. Todo mundo come”. Há comprovações de que o pinhão é fonte de vitaminas e nutrientes.
Outras alternativas quase desconhecidas é que a semente é pesquisada não só para ser ingerida in natura. “O óleo dele custa cerca de R$80 o litro usado para a cozinha, medicina e elaboração de cosméticos”, inclui ela.
Uma novidade que não focaliza o setor alimentício do pinhão é a utilização de sua casca para fazer artesanato. Taisa também comenta que já existe a farinha do pinhão.
O que poucas pessoas sabem também é que o pinhão faz parte de projetos governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), assim como vários outros alimentos. “O produto já é oferecido para escolas e creches e a região de Irati é uma das primeiras que está fazendo essa entrega”, arremata Taisa.
Texto: Fernanda Santos
Foto: Arnaldo Maciel
Fonte: http://www.folhadeirati.com.br/noticias/noticia.asp?id=15112
O Instituto Equipe e a rede Puxirão de povos e comunidades tradicionais promovem um projeto de pesquisa que prevê ações de valor da cadeia do pinhão. O trabalho, realizado em parceria com outras entidades, como a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto Federal do Paraná (IFPR) de Irati tem previsão de apresentar resultados ao fim do ano.
O pinhão, semente típica do Paraná, está recebendo maior atenção neste ano. O projeto Cultura e Tradição: estratégias da promoção da cadeia de valor do pinhão no Paraná, está sendo implantado em 60 municípios para levantar informações diversas sobre como o pinhão é vendido e extraído da araucária, se possui nota fiscal, por exemplo.
De acordo com a coordenadora do projeto, Taisa Lewitzki, a ideia é observar o que a semente tem de bom. “Queremos analisar seu potencial e levantar o que tem de negativo também para melhorar e, a partir disso, promover ações”, declara.
PRIMEIRO PASSO: PESQUISA
O que a equipe está promovendo no momento, até o dia 15 de maio, é o mapeamento dos municípios selecionados que compreendem as regiões de Guarapuava, Irati, região metropolitana de Curitiba e de Piraí do Sul que têm a presença do pinhão. “Depois dessa base, teremos oficinas para apresentar a elaboração do mapa da cadeia de valor do pinhão. Isso compreende em desde quando ele é extraído até chegar ao consumidor”, explica Taisa.
Além disso, também será trabalhado nas oficinas a parte de assistências, ou seja, que fornece algum tipo de serviço, como a Emater e também as políticas maiores, como a legislação.
Para o segundo semestre, depois das pesquisas, haverá o estudo e análise das informações colhidas sobre a semente. Também está previsto um seminário estadual em outubro para a continuidade do plano com o intuito de implementar ações diretas.
“Também já existe um diálogo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para que o governo garanta um preço mínimo para o pinhão com a finalidade de gerar uma segurança para quem vive disso”. A coordenadora do projeto salienta que hoje o mercado do pinhão é incerto e está se tornando uma atividade insustentável se não forem tomadas atitudes inteligentes.
Um dos conflitos abordados por Taisa é a legislação. “Aí temos comércio irregular da semente. Tem pessoas que vendem o pinhão com preços absurdamente baixos. E assim, se faz mais um gargalo da cadeia”. Outro lado do projeto também discute a questão ambiental, além da comercialização. “Sabemos que muitos retiram o pinhão verde para vender e isso acaba prejudicando a árvore também. Então, alguns cuidados devem ser tomados”. Tudo isso possui a intenção de dar visibilidade ao pinhão pensando em estratégias para melhorar a sua utilização.
POR QUE O PINHÃO MERECE PESQUISAS?
Taisa aponta que a semente possui muito mais valores do que se possa imaginar. “Sabemos que ele faz parte de nossa alimentação. É uma cultura nutricional para qualquer pessoa independente da sua posição financeira, por exemplo. Todo mundo come”. Há comprovações de que o pinhão é fonte de vitaminas e nutrientes.
Outras alternativas quase desconhecidas é que a semente é pesquisada não só para ser ingerida in natura. “O óleo dele custa cerca de R$80 o litro usado para a cozinha, medicina e elaboração de cosméticos”, inclui ela.
Uma novidade que não focaliza o setor alimentício do pinhão é a utilização de sua casca para fazer artesanato. Taisa também comenta que já existe a farinha do pinhão.
O que poucas pessoas sabem também é que o pinhão faz parte de projetos governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), assim como vários outros alimentos. “O produto já é oferecido para escolas e creches e a região de Irati é uma das primeiras que está fazendo essa entrega”, arremata Taisa.
Texto: Fernanda Santos
Foto: Arnaldo Maciel
Fonte: http://www.folhadeirati.com.br/noticias/noticia.asp?id=15112
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