Índios ameaçam queimar torres de energia caso impasse não seja resolvido
Protesto deve ocorrer a partir de sexta-feira caso as lideranças que estão há 15 dias em Brasília não consigam marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o Ministro da Justiça, Tarso Genro.
Os índios das etnias guarani e xetá que vivem em Mangueirinha, no Sul do Paraná, voltaram a fazer ameaças de colocar fogo nas torres de energia que passam pela aldeia. Este protesto deve ocorrer caso as lideranças que estão há 15 dias em Brasília não consigam marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, até a próxima sexta-feira (29).
O motivo da revolta dos índios é um decreto, assinado no final de dezembro, pelo presidente que prevê a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai). A principal reclamação é que, com o decreto, alguns postos indígenas, como o de Curitiba, seriam fechados. De acordo com o cacique Carlos Ubiratan, da tribo urbana de Kakané Porã, o fechamento do posto de Curitiba faria com que as 35 famílias que vivem na cidade fossem obrigadas a se deslocar para Santa Catarina quando precisassem de apoio do órgão.
De acordo com o presidente da Ong Aldeia Brasil,Oswaldo Eustáquio, os índios reclamam da demora na resolução do caso. Segundo Eustáquio, o cacique Valdir dos Santos, líder da aldeia Mangueirinha confessou que não sabe mais o que fazer para que seja realizada uma audiência com as lideranças indígenas. Com isso, os protestos pacíficos podem se transformar em uma revolta com pessoas feridas e provocar um blecaute se as torres forem incendiadas.
Representantes de diversas tribos do Paraná estão em Curitiba para tentar marcar uma audiência com o governador do estado, Roberto Requião, nesta quarta-feira (27). Na manhã desta terça-feira, eles estiveram reunidos com o Secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, para pedir apoio.
Outras lideranças indígenas do Paraná partiram nesta terça-feira para Brasília. Segundo Eustáquio, onze ônibus devem chegar à capital federal nas próximas horas. O objetivo é aumentar a quantidade de índios acampados na sede do Ministério da Justiça. "A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), deputados, sindicatos de servidores públicos já manifestaram apoio o movimento", disse Eustáquio.
Funai
Os índios que estão ocupando a Funai de Curitiba receberam alimentos e água de deputados e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na última semana. Eles não vão deixar o local enquanto o impasse não for resolvido. Atualmente, cerca de cem índios estão na sede da Funai em Curitiba
Protesto deve ocorrer a partir de sexta-feira caso as lideranças que estão há 15 dias em Brasília não consigam marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o Ministro da Justiça, Tarso Genro.
Os índios das etnias guarani e xetá que vivem em Mangueirinha, no Sul do Paraná, voltaram a fazer ameaças de colocar fogo nas torres de energia que passam pela aldeia. Este protesto deve ocorrer caso as lideranças que estão há 15 dias em Brasília não consigam marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, até a próxima sexta-feira (29).
O motivo da revolta dos índios é um decreto, assinado no final de dezembro, pelo presidente que prevê a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai). A principal reclamação é que, com o decreto, alguns postos indígenas, como o de Curitiba, seriam fechados. De acordo com o cacique Carlos Ubiratan, da tribo urbana de Kakané Porã, o fechamento do posto de Curitiba faria com que as 35 famílias que vivem na cidade fossem obrigadas a se deslocar para Santa Catarina quando precisassem de apoio do órgão.
De acordo com o presidente da Ong Aldeia Brasil,Oswaldo Eustáquio, os índios reclamam da demora na resolução do caso. Segundo Eustáquio, o cacique Valdir dos Santos, líder da aldeia Mangueirinha confessou que não sabe mais o que fazer para que seja realizada uma audiência com as lideranças indígenas. Com isso, os protestos pacíficos podem se transformar em uma revolta com pessoas feridas e provocar um blecaute se as torres forem incendiadas.
Representantes de diversas tribos do Paraná estão em Curitiba para tentar marcar uma audiência com o governador do estado, Roberto Requião, nesta quarta-feira (27). Na manhã desta terça-feira, eles estiveram reunidos com o Secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, para pedir apoio.
Outras lideranças indígenas do Paraná partiram nesta terça-feira para Brasília. Segundo Eustáquio, onze ônibus devem chegar à capital federal nas próximas horas. O objetivo é aumentar a quantidade de índios acampados na sede do Ministério da Justiça. "A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), deputados, sindicatos de servidores públicos já manifestaram apoio o movimento", disse Eustáquio.
Funai
Os índios que estão ocupando a Funai de Curitiba receberam alimentos e água de deputados e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na última semana. Eles não vão deixar o local enquanto o impasse não for resolvido. Atualmente, cerca de cem índios estão na sede da Funai em Curitiba
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