A 1º Conferência Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) terminou durante esta tarde (15), em Curitiba. Com o intuito de designar as necessidades da Assistência Técnica e Extensão Rural da região sul, o encontro contou com a participação de diversas entidades, para discutir as propostas referentes às demandas de cada região do Paraná e para a formação dos delegados que representaram o Estado, no final de abril, na Conferência Nacional de Ater (CNATER), em Brasília.
Em relação aos povos e comunidades tradicionais, foi estipulada uma porcentagem para os indígenas, quilombolas, faxinalenses e pescadores integrarem o grupo de delegados para defenderem as causas pertinentes aos seus grupos. Dos 243 delegados participantes do encontro, 27 compõem a sociedade civil, entre titulares e suplentes foi designado um índio, um quilombola, um faxinalense, um pescador e dois assentados da reforma agrária. Representando as questões indígenas do Paraná, o delegado titular será Eladio Vera Oliveira, da cidade de Toledo e o seu suplente da região Paraná-Centro será Alcidio Kurimba Cordeiro.
Para o representante da Arpin Sul, Marcio Kókoj, o encontro serviu para fortalecer as intenções das comunidades indígenas e para haver uma inclusão maior e propor uma melhoria de vida para estes povos. “Eu acredito que o mais importante é a construção da politica de agricultura que não tem entre os grupos tradicionais e principalmente entre os povos indígenas. Juntamente com a questão de formação de técnicos que deve ser trabalhado com a questão indígena, e principalmente aqueles que trabalham dentro da comunidade”, ressalta.
Durante a quarta-feira (14), os participantes analisaram as propostas que haviam sido estruturadas durante as conferências municipais em diferentes territórios do Estado. E a partir de análises realizadas em conjunto sobre os eixos de Ater para o Desenvolvimento Rural Sustentável; Ater para a Diversidade da Agricultura Familiar e Redução das Desigualdades; Ater e Políticas Públicas; Gestão, Financiamento, Demanda e Oferta dos Serviços de Ater e Metodologia de Ater – Abordagens de Extensão Rural, foi feita a aprovação de todos os segmentos tratados, durante a manhã desta quinta-feira (15).
Embora a Conferência tenha tido a participação de agricultores familiares, gestores públicos, assentados da reforma agrária, sindicatos, associações, cooperativas engenheiros agrônomos, secretários, técnicos, professores e outras entidades, para Marcio, a comunidade indígena deveria ter tido uma participação efetiva. “Eu penso que deveria ter mais indígenas, juntamente dentro das regiões territoriais que ali, faltou alguns. Eu acho que deveria ser mais divulgado e também fazer o deslocamento desses indígenas”.
Segundo Eladio Vera Oliveira, a representação do Paraná em Brasília servirá para englobar novas formas de busca para atender a necessidade sustentável das terras indígenas. “A gente precisa de respeito, e ir para a Brasília vai ser bom para o nosso povo ter voz”.
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